Holocauto

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Piche-me, por favor!

P'ros desavisados que andam pichando as paredes das Escolas, aproveitem o espaço e usem a imaginação.

http://piche.me/issoehistoria

6° Série - Projeto Nosso Povo, Nossa Cor

O Projeto "Nosso Povo, Nossa Cor" visa a divulgação da cultura indígena e suas diversidades. A turma 602 da Escola Municipal José Lucas Filho (Contagem-MG), foi a primeira turma a montar o painel representando a pluralidade do nosso povo nativo dessas terras brasilis.






Respeite, aprecie e divulgue sempre!

Sem um fim social o saber será a maior das futilidades.
Gilberto Freyre

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Urbana Legio Omnia Vincit.


Nunca haverá um banda (ou um artista seja como for) que representará tão bem a juventude como a Legião Urbana representou.
Viva a Legião...Viva Renato Russo!

6° Série - Teatro - Trabalho de História – Turma 31 A (6° Série) - Escola Josefina de Souza Lima- Contagem - MG

Trabalho de História – Turma 31 A
Apresentação de Teatro
Tema: Música “Faroeste Caboclo” – Legião Urbana
Título: Faroeste Caboclo
Participantes: Willian, Humberto, Gabriela, Guilherme, Nádia, Daniel, Pedro, Amanda, Ingrid, Taynah, Clara, Larissa, Wallisson, Henrique, Keven, Felipe, Gabriel Felipe e Mateus
Personagens: João de Santo Cristo-Willian, Jeremias-Humberto, Pablo-Guilherme, Maria Lucia- Nádia, Soldado/Policial1-Daniel , Pai do João de Santo Cristo/Policial2-Pedro, Ministra-Amanda, Menina1/Dona da rodoviaria-Ingrid, Menina2/Bancaria, Taynah, Menina3- Clara, Boiadeiro –Wallisson, Boyzinho2/Homem rico-Henrique
Dona do armazém-Gabriela, Repórter-Larissa, Câmera Men-Gabriel Felipe, Preso-Felipe, Boyzinho1-Kevem, Narrador-Mateus

ROTEIRO

1ª Cena- (O pai de João morre por um tiro,e João vê o pai morto e começa a chorar)
2ªCena-(João começa a roubar)
JOÃO- Passa o dinheiro!!
DONA DA LOJA- Ta ta bom!!
3ªCena-(João vai pro lado das meninas)
JOÃO-Vem Ca vem
Menina2-Aaa tarado
Menina1-Sai daqui seu tarado vai comer outra
João-Vem Ca você então!!
Menina3-Saiiiiiiiiiiii
4ªCena-(Policiais pegam João e levam pro reformatório)
Policial1- Vem Ca muleke vem..
Policial2-Anda mariginal vem Ca anda logo!!
João-Ta ta...
5ªCena-(João no reformatório o preso começa a bater nele e a xinga-lo)
Preso-Por que você ta aqui??
(João não responde)
Preso-Em?!?! EU TO TE PERGUNTADO!!!OU VOCÊ É SURDO E MUDO?! AHN?!!
João-Não sou não....
Preso-ENTÃO POR QUE NAUM ME RESPONDEU??(começa a bater no João)
6ªCena-(Três meses se passaram e João saiu do reformatório,a primeira coisa que vez foi comprar uma passagem para SALVADOR)
João-Quero uma passagem para Salvador
Dona da rodoviária-Sim,custa R$100,00...Toma
João-Valeu

7ªCena-(João chega em Salvador e vai tomar um café, na mesa ao lado,tinha um boiadeiro)
João-Me dá um café....
Dona do armazém-Sim,só um instante
João-Ei
Boiadeiro-Ei...
Dona do armazém-Aqui esta seu café
João-Obrigada
Dona do armazém-De nada
(JOÃO CONTA SUA HISTORIA PARA O BOIADEIRO)
Boiadeiro-Nossa que história... Já sei tenho uma passagem pra Brasília,tô precisando visitar minha filha,mas eu fico aqui e você vai no meu lugar!
João-Muito obrigada!!
8ªCena-(João entra no ônibus para Brasília chegando La fica encantado com as luzes de natal)
João-Meu Deus que cidade LINDA!! No ano novo eu começo a trabalhar
9ªCena-(João começa a trabalhar de carpinteiro,depois vai ao banco receber cem mil)
João-Vim receber meu salário
Bancaria-Aqui esta!
10ª Cena-(João sai pro armazém e conheci PABLO)
João-Oi.. prazer sou João
Pablo- Oi.. sou o Pablo
(Pablo começa a conversa com João)
11ªCena-(João começa a juntar dinheiro para abrir um negocio)
João-Vou me virar que nem Pablo.
Cena- (REPORTER FALA COM A MINISTRA)
REPORTER- Quais são suas propostas??
Ministra: Prometo diminuir os impostos e aumentar o salario
12ªCena-(João vira rico e acaba com todos os traficantes)
13ªCena-(João conheceu uns boyzinhos e foi pro mau caminho)
Boyzinho1:Cole??
João: Oi
Boyzinho2:Vamo ali fuma um tiquim??
(João vai e começa a roubar)
14ªCena-(João voltou para a prisão)
15ªCena-(João conhece Maria Lucia)
João-Maria Lucia você é muito linda,com você eu quero me casar, Maria Lucia, Pra sempre vou te amar
16ªCena-(Chega um Homem rico, na casa de João,)
Homem rico: Toma esse dinheiro pra vc sair de Brasília
João:Não
Homem: Vc perdeu sua vida meu irmão (x4)
17ªCena: (pediu pra Pablo trazer uma arma do Peru)
18ªCena:(Jeremias chega na cidade)
19ªCena: (Jeremias quer acabar com João)
Jeremias: João vc esta morto
20ªCena: (Jeremias da em cima das meninas)
Jeremias-Vem Ca vem
Menina2-Aaa tarado
Menina1-Sai daqui seu tarado vai comer outra
Jeremias-Vem Ca você então!!
Menina3-Saiiiiiiiiiiii
21ªCena-(João decidi ir ver Maria Lucia)
João: OQ??? VC SE CASOU COM ELE?? (João começa a chorar)
22ªCena:(João chama Jeremias para um duelo)
João:Amanha,2 horas na ceilândia
23ªCena: (Todos esperam o duelo de Jeremias e João)
Repórter: Estamos aqui esperrando começar o duelo
(Jeremias deu um tiro nas costas de João)
24ªCena: (João mando Jeremias olhar pra trás)
João- olha pra Ca seu mau amado, seu bandido, eu naum sou homem que atiro pelas costas
25ªCena : ( João da um tiro em Jeremias)
E Maria Lucia morre com João

Todos gritam JOÃO DE SANTO CRISTO!!

“Ele queria era falar com o presidente
Pra ajudar toda essa gente que só faz sofrer!”

Chico, o gênio!


Francisco Buarque de Hollanda nasceu no dia 19 de junho de 1944 no Rio de Janeiro, mais conhecido como Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro.
Chico Buarque, grande poeta...O gênio!

6° Série - Teatro - Trabalho de História – Turma 31 A (6° Série) - Escola Josefina de Souza Lima- Contagem - MG

Trabalho de História – Turma 31 A
Apresentação de Teatro
Tema: Música “Construção” – Chico Buarque
Título: Construção
Participantes:
Gabriel Mauricio, Alexandre, João, Agnys, Christian, Jhulia, Vivian,
Jhenifer, Luan, Erica, Thais, Mayra, Washington, Mirian.
Roteirista: Gabriel Maurício
Figurino: Todos participantes
Cenário: Todos participantes


Hoje vamos falar tudo da música “Construção” de Chico Buarque.

Construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Amou daquela vez como se fosse o último
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a única
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Sentou pra descansar como se fosse príncipe
Sentou pra descansar como se fosse pássaro
E flutuou no ar como se fosse pássaro
E flutuou no ar como se fosse sábado
E flutuou no ar como se fosse príncipe
E acabou no chão feito um pacote flácido
E acabou no chão feito um pacote tímido
E acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Morreu na contramão atrapalhando o público
Morreu na contramão atrapalhando o sábado

Este poema, além de sua extraordinária construção artística, reflete uma face trágica do homem, visualizado num momento de vida (em “construção”). Mas, ao construir, o homem é destruído por todo um sistema desumano, por toda uma concepção egoísta. Passa por um processo de coisificação, desde a primeira estrofe:

Amou daquela vez como se fosse máquina
O que se confirma pelo resultado desse processo:
E acabou no chão feito um pacote flácido
E acabou no chão feito um pacote tímido
E acabou no chão feito um pacote bêbado

É reafirmado na última estrofe, em que o ser humano é visto, diante da coletividade, de forma irônica, já que o sábado é um dia convencionalmente feito para o lazer. E esse homem, que nem nome tem, tão coisa que é, tão nada, não poderia ficar impune. Sua desgraça foi morrer num sábado, na contramão, atrapalhando a vida, os divertimentos. Contudo, esse anônimo atrapalhou a sociedade, perturbou o sistema, destruiu o instituído, desestabeleceu o estabelecido, desfez o que estava feito, desarmou o armado. Por isso mesmo, Construção “desencanta o encantado, desmitifica o mito, ordena o caótico”.

O poeta questiona insensatez da sociedade, seu desdém pelo próximo, seu desinteresse comunitário. E, ratificando a castração dos valores essenciais do homem, durante essa triste vida (“construção”), o amor é praticamente anulado, enquanto impossibilidade de concretização:

Amou daquela vez como se fosse a última
Amou daquela vez como se fosse o último

Chico atesta a desumanização do homem: Amou daquela vez como se fosse máquina
O fim demonstra a anulação total. O resultado de tudo é a inutilidade:
Morreu/Morreu/Morreu


Chico Buarque mostra a indiferença, a opressão exercida sobre os mais humildes, redução, cada vez maior, da individualidade humana. Registra o homem esquecido, perdido em seu anonimato.
Por meio de grande intensidade rítmica, com o final dos versos em proparoxítonas e trissílabas (recurso raro em língua portuguesa), numa cadência coerente ao tema (a repetição de palavras e frases reflete a própria repetição rotineira da vida do anônimo), o texto articula os contrários, sem suprimi-los, dado característico da imagem poética.

A tensão entre humano (flácidas, flácido, tímido e bêbado) e não-humano (paredes, pacote) retrata a densidade poética e a visão social do autor.
O uso do pra não é só marca de oralidade mas faz-se necessário o uso do pra no sentido de manter a musicalidade, a rima

O homem (“bêbado, “tímido” etc.) é coisificado (“paredes”, “pacote” etc.), ratificando a crítica política e social do texto.
A consciência social de Chico Buarque de Holanda em Construção, como em toda a sua obra, é evidente. Sabe o poeta que a poesia é o seu instrumento, o seu veículo de denúncia, de crítica, de representação de uma realidade desumana e injusta, pois é preciso que o homem não seja “máquina” nem “pacote”. Mas que signifique. Que também possa exercer sua liberdade.
Assim deve ser visto pela sociedade. Chico aponta para uma estrutura social que não gostaria que existisse para uma coisificação do homem que não deve persistir. Em Construção, o sujeito é generalizado.

O homem é visto, em relação à sociedade, de maneira trágica, oprimido, marcado pela inutilidade. Ele constrói, mas é destruído.
A música "construção" incorpora vários elementos que podem nos dar uma idéia do que ela trata e o porquê de ter sido escrita da forma que foi.
Eu penso que há duas mensagens básicas na letra. Uma que salta logo no início é quando ele, Chico, arrola uma série de ações banais, mas que só são banais pelo automatismo com que são executadas. Por exemplo: amar, beijar, atravessar, subir, etc. O homem executa várias ações sem meditar sobre o gesto. Assim vamos vivendo em família, circulando pela cidade, trabalhando, etc, tudo numa repetição monótona. Tudo se passa como se tivéssemos um botão de iniciar e pronto

Essa colocação denuncia o esvaziamento dos gestos, tudo fica destituído de um significado maior.

A outra mensagem que também é passada diz respeito à opressão externa, aquela que é exercida sobre os homens e os transforma nas máquinas de trabalhar, amar, etc. Essa é uma crítica de cunho social. Essa denúncia nos faz pensar que pode existir uma forma diferente de tudo ser feito, executado ou vivido.
Há também crítica ao papel da religião, destacando sua pouca efetividade em resolver o problema social, deixando tudo num "Deus lhe pague".

Por último, percebe-se que é posta uma ênfase na última palavra de cada estrofe. Essas palavras são todas proparoxítonas e dá um encadeamento, ou melhor, uma pausa que realça o seu significado. Assim temos as palavras última, último, único, tímido, máquina, sólidas, mágico, lágrima, sábado, príncipe, náufrago, bêbado, etc. Essa forma de poetisar é um convite à reflexão.

Quanto ao arranjo, são incorporadas cacofonias, dodecafonias, num vibrante que vai atingindo, aos poucos, gradativamente, um máximo de intensidade
Essa casa é para nós representarmos como a realidade é desumana e injusta e como nós já dissemos ,
A consciência social de Chico Buarque de Holanda em Construção, como em toda a sua obra, é evidente. Sabe o poeta que a poesia é o seu instrumento, o seu veículo de denúncia, de crítica, de representação de uma realidade desumana e injusta, pois é preciso que o homem não seja “máquina” nem “pacote”. Mas que signifique. Que também possa exercer sua liberdade. Assim deve ser visto pela sociedade. Chico aponta para uma estrutura social que não gostaria que existisse para uma coisificação do homem que não deve persistir. Em Construção, o sujeito é generalizado. O homem é visto, em relação à sociedade, de maneira trágica, oprimido, marcado pela inutilidade. Ele constrói, mas é destruído

sexta-feira, 3 de junho de 2011

5° Série - Oficina de Iconografia - Turmas das 5° Séries 23A, 23B, 23C - Escola Josefina de Souza Lima - Contagem - MG

Esses desenhos de grafite fazem parte das oficinas iconográficas aplicadas nas 5° Séries turmas 23 A, B, C.




5° Série - Oficina Releitura - Tarcila do Amaral - Trabalho Interdisciplinar (História e Artes) Turmas 5° Séries - Escola Josefina de Souza Lima - Contagem - MG





Obrigado Denise (Artes) pelo apoio!

6° Série - Oficina de Grafite 2011 - Turma 602 (6° Série) - Escola José Lucas Filho - Contagem - MG











Participe, ajude a escolher o melhor grafite da Turma 602

7° Série - O Guarani - A epopeia da formação da nacionalidade

Escrito originalmente em folhetim, entre fevereiro e abril de 1857, com 54 capítulos, O Guarani teve tal êxito na edição folhetinesca que, antes do fim do ano de 1857, foi publicado em livro, com alterações mínimas em relação ao que fora publicado em jornal.

Mantiveram-se as quatro parte originais: Os Aventureiros, Peri, Os Aimorés e A Catástrofe, com os capítulos dispostos como saíram do folhetim.

O romance se compõe, em grande parte, de personagens e episódios, mas as imagens permanecem na memória e amarram os fios mais importantes da narrativa. São imagens poderosas, que se impõem sobretudo por seu caráter plástico. Por isso, a crítica distingue em Alencar um grande escritor, um grande artista da palavra, mas não compartilha do mesmo entusiasmo quando se refere aos seus enredos, à carpintaria da narrativa, algumas vezes falha (os conhecidos "cochilos" do escritor), e quase sempre previsível quanto às ações das personagens, lineares ou planas.

A narrativa de O Guarani é simples, mas não simplista. Trabalhando habilidosamente as possibilidades e contradições do romance romântico, vale-se com muita liberdade da trama novelesca, da coloração épica, do devaneio lírico, da anotação histórica da efabulação mítica e lendária, do ímpeto ideológico nacionalista e de elevada carga simbólica, tudo isso revestido de uma profusão de luzes e cores que invade a pupila do leitor, como se ele estivesse assistindo a um espetáculo grandioso, povoado pelas forças da natureza e por titãs, absorto pela beleza da cena, mais do que pelos pormenores da intriga.

José de Alencar

José de Alencar foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro.
Suas principais obras são:O Guarani, Lucíola, Senhora e Iracema.
Deguste sem moderação!

7° Série - Trabalho de História – Turma 703 (7° Série) - Escola José Lucas Filho - Contagem - MG

Apresentação de Teatro
Tema: Obra “O Guarani”, de José de Alencar
Título: O Guarani
Personagens: Frei Ângelo de Luca (Missionário), Frade, Fernão Aines (Aventureiro Português), Mestre Nunes, Álvaro de Sá, D. Antônio de Mariz (fidalgo), D. Lauriana (esposa do fidalgo), Diogo (filho do fidalgo), Cecilia (filha do fidalgo), Isabel (suposta sobrinha do fidalgo), Peri (índio), Mãe do Peri (índia), Aires Gomes (escudeiro)
Participantes: Todos os alunos da Turma 703
Roteirista: Jade e Daiane
Maquiadoras: Luiza e Larissa
Figurinistas: Tuany e Luciana
Cenário: Vinicius, Luan, Kilmer.
Cabelereiras: Luana e Lorrayne




Mestre Nunes deitado na rede (Wesley).
.Frade encostado a uma coluna de madeira (Fabio).
.Fernão Aines junto aos dois, sentado no chão (Hebert).
Mestre Nunes pergunta a Fernão Aines
_Vais partir essa noite Fernão?
_Vou.
_Não tens medo da tempestade?
_Eu zombo da tempestade (com tom irônico)
Frei Ângelo comenta solenemente
_mas os maus devem temer o fogo do inferno!A este nenhum abrigo salva!
_Mau? Quem disse que sou mau? Sigo a risca os mandamentos de Deus e de sua santa igreja.
_Sabe o Deus então Aines.
No instante em que ainda os homens riam das palavras trocadas, um raio caiu perto de uma grande árvore, fazendo-a cair sobre Fernão Aines atirando-o para o fundo. Fernão Aines quase morto pede a Mestre Nunes para ouvir uma confissão e diz:
_Fui castigado pelos céus pela calunia que aqui mencionei, acho que de homem bom eu já não tenho mais nada! Há tempos... No Rio de Janeiro, roubei de um parente meu o mapa de Robério Dias cujo mostrava a localização das minas de prata que ficam na Bahia, esão as maiores dessa terra! Logo depois matei esse parente e fugi com o mapa.
Frade que ouvia a conversa ao longe ansioso pra ouvir tudo, e com os olhos brilhando com a ganancia pediu:
_Que mais queres conta Fernão?
_Que realize meu ultimo desejo, devolva o mapa a viúva do seu dono Robério Dias...
_ e onde esta esse mapa?
_Ali naquela cruz!
Frei Ângelo saltou sobre a cabeceira e quebro sem nenhum zelo o símbolo religioso onde continha o mapa...
_Ouve-me Frei...
Mas o Frei não deu atenção ao homem ali caído quase morto, examinando o tal mapa...
_Frei...
E Fernão havia morrido...
_Nunes precisa cumprir o ultimo desejo desse pobre rapaz, leve o mapa ao Rio, leva ao superior do meu convento a noticia que terei que me enterrar nesses matos para cumprir essa missão sagrada...
_assim será frei Ângelo...
Os dois enterraram o morto... E frade se afasta de Nunes e da pousada e gananciosamente pede ajuda a um índio das redondezas para enterrar o mapa e sua roupa de Frade, ao amanhecer oex-frade vestia as roupas do morto e tratou de mudar sua aparência para não ser reconhecido, em seguida traiçoeiramente assassinou o índio que o ajudara e se transformou em Loredano, um aventureiro.
Algum tempo depois...
Cecilia corria um grande perigo, estava debaixo de uma pedra que iria rolar sobre a pobre e ingênua moça, mas graças a Peri Cecilia teve sua vida poupada. Dês daquele dia Peri havia tomado Cecilia como sua senhora e a iria proteger e mimar...
_Peri por que me chamas de Ceci?
_por que é o nome que Peri tem na alma!
_e o que significa?
_Peri não sabe explicar minha senhora...
_tudo bem, muito obrigado.
Cecilia vai ate seu pai e pergunta o significado da palavra e o velho responde
_Ceci?Ah bom! Agora eu me lembro, Ceci em guarani significa doer, magoar, sofrer!
E a partir daí mesmo que Cecilia estranhasse um pouco a presença do índio ela o tratava melhor...
Um grupo chefiado por Álvaro de Sá ia pelas matas da região e encontra Peri lutando com uma onça...
E os homens apavorados com o tamanho e a força do animal pega suas armas em função do índio... Mas Peri grita:
_Não! É meu só!
Álvaro reconheceu o índio e disse:
_vamos homens Peri é um índio corajoso e forte se ele esta enfrentando esse animal é por que ele sabe que o vencerá!
Álvaro reconheceu Peri que um dia ele movido pela curiosidade se aproximou da casa de D. Antônio.
Loredano pediu serviço a D. Antônio de Mariz como homem de armas para ganhar tempo, dinheiro roubando talvez e a confiança de alguns homens para ajuda-lo. Mas ele se apaixonou por Cecilia a bela filha do fidalgo passando a deseja-la mais que qualquer coisa no mundo.
Tempos depois...
Peri foi chamado por sua mãe para ser avisado da morte de seu pai Ararê e ele teria de tomar seu lugar.
_Peri não pode ir mãe...
_Por quê? Tua mãe parti e tua gente te espera!
_Mas a senhora mandou que Peri ficasse!
_Peri é o primeiro de sua tribo o chefe de sua gente, deve ajudar a guardar sua mãe e seu povo!
_Peri fica onde sua senhora esta!
_se um dia voltares, achara a cabana de Ararê e sua mãe a te esperar!
_Peri não volta mãe.
A índia ficou muito triste, pois alémde perder seu marido e amor de infância Arerê, agora acaba de perder o seu filho!
...
Cecilia e Isabel vinham descendo dês de sua casa, e Peri as acompanhavam de longe para não constranger as moças, pronto para defendê-las.
As moças decidiram ir a um refrescante banho no rio, e Peri se preocupou por que lá havia avistado dois índios, Peri lutou com tais índios para a proteção de sua senhora, uma das flechas acertou o braço de Peri ferindo-o muito!
Mesmo ferido Peri acompanhava sua senhora para protege-la mas quase sem forças agarrou uma arvore que possuía um óleo poderoso que curava todos os tipos de ferimentos!
Cecilia e Isabel foram pra casa, e ao chegar la encontraram Peri, Diogo e seu pai reunidos.
Diogo era um jovem muito corajoso porem imprudente!
Acertou a filha do chefe da tribo Aimoré a partir dai eles juraram vingança!
Essa era a razão do acontecido no rio
...
Nesse momento D. Lauriana, gritava.
_Aires Gomes! O escudeiro! Chamem Aires Gomes! Que venham já!
O pedido foi atendido.
_Que queres senhora?
_A onça!
Aires Gomes pegou sua espada, pronto para matar a onça, mas não viu nada!
_De que onça fala senhora?
_Pois não sabeis que aquele Bugre (significado: Índio selvagem) trouxe uma onça pra casa.
_Isso é verdade? Pergunta D. Lauriana
_Como é verdade que Deus vive!
Aires Gomes imediatamente deu ordens:
_homens, que vocês revirem essas matas, mas achem essa onça imediatamente! Estejas ela viva ou morta!
Então se depararam a uma cena inesperada a onça morta por Peri, pendurada em uma arvore...
Apavorados levaram o bicho a D. Lauriana para que ela se acalmasse.
Os cavalheiros queriam usar a onça como prova de falta de lealdade de Peri.
D. Antônio conversa com Peri pronto para questioná-lo sobre a onça, mas ate que viu a marca da flechada que Peri levara para salva sua senhora.
_O que aconteceu, Peri?
_Peri sofreu um sofrimento sem importância senhor.
_Explica de vez o que se passou.
Peri foi obrigado a contar o que aconteceu.
Cecilia foi avisada do perigo que corria.
Naquela noite Álvaro colocou o bracelete ofertado a Cecilia na sua janela como prova de seu amor, já Loredano que dizia amar a moça jogou o tal bracelete no abismo!
No outro dia Álvaro estava confuso por que não via nenhuma reação de Cecilia diante de seu ato nobre com intenção de prova-la seu amor.
Álvaro tomou a frente e falou:
_Bons dias, minha amiga.
A moça distraída respondeu:
_bons dias.
_Eu te ofendi tanto Cecilia?
_não compreendo, meu caro.
_Eu quis te obrigar a aceitar um presente meu!
_Presente? Que presente?
_não encontrares nada na sua janela?
_Não, ainda não abri minha janela, por quê? Deveria encontrar alguma coisa?
Álvaro explicou com poucas palavras o que havia feito!
_Fez muito mal senhor Álvaro. Foi um atrevimento seu, e vais desfazer o que fizeste.
_Foi tão grave a ofensa?
_Poderia comprometer-me senhor!
_Juro que não foi esta a minha intenção!
_Repito que deves desfazer o que fizeste!
_seria para mim um triste momento!
_Por favor, Senhor Álvaro: não tomes tão tristemente as minhas palavras. Espero que possamos seguir tão amigos como sempre fomos!
Pouco tempo depois, Cecilia percebe o rosto de Isabel que mostra grande tristeza e descobre o segredo da prima:
_Isabel! Tu amas D. Álvaro!
_Por favor, minha prima, não fale nada!
Isabel caiu de joelhos aos pés de sua prima tinha se traído!
Peri foi ver sua senhora para perguntar se ela queria algo.
E Peri percebeu o rosto triste de Cecilia e perguntou:
_Esta triste senhora?
Cecilia deixou escapar uma lagrima, pois percebeu que magoou sua prima. Então Peri apressou-se e falou:
_Peri buscara o que a senhora desejas!
E Peri saltou sobre as pedras para satisfazer o desejo de sua senhora.
Cecilia assustou-se e gritou:
_Peri!
Logo depois Peri voltou com o bracelete e indagou:
_Teve medo senhora?
_sim pensei que ias morrer Peri!
_toma senhora.
Cecilia abriu a bolsa e encontrou o bracelete, colocou no seu braço, Peri a olhava pensando que não tinha nada de valioso para dar a sua senhora.
_Gostaria que eu usasse uma prenda tua, Peri?
_Sim, senhora.
_Então, vai buscar uma flor bem bonita que Cecilia para colocar nos meus cabelos. Por que esse bracelete nunca estará no meu braço!
Peri então foi. Cecilia dirigiu-se a Isabel.
_Isabel minha prima... Esta menos triste?
_Estou envergonhada, pois descobristes um segredo meu!
_Posso dizer-lhe uma coisa Isabel? Ame o senhor Álvaro!
_Mas é a ti que ele ama!
_Isso não é verdade! Olha tome esse bracelete...
_é o que ele trouxe?
_Não esse foi dado por meu pai.
Cecilia estava mentindo, mas era por uma boa causa!
Naquele dia D. Antônio deixou os testamentos dele:
Para Diogo deixou tudo que ele possuía!
Para Álvaro deixou Cecilia, para que ele se casasse com ela e a fizesse feliz!
E confessou que Isabel é sua filha fruto de outro casamento!
Então por fim Antônio se dirigiu a Peri:
_Quanto a ti Peri, sei que sua gente precisa de sua ajuda, então peço que vá pra junto aos teus!
_se o senhor manda Peri vai mais Peri queria ficar! Para ajudar a vencer o ataque que vira logo.
_como sabes?
_Peri andou pela floresta e viu índios armados!
...
Álvaro nota o bracelete no pulso de Isabel e pergunta:
_O que significa tudo isto D. Isabel?
_Não sei zombaram de mim!
_Como?
_Cecilia me fez acreditar que este bracelete era presente de seu pai!
Álvaro comoveu-se:
_se soubesse que veio da minha mão não usarias?
_Nunca!
_Qual o motivo?
Isabel olhou nos olhos de Álvaro e confessou a ele:
_por que eu te amo...
Um pouco depois...
_Senhor Álvaro...
_o que queres de mim D. Isabel?
_Restituir-te o que não me pertence.
_Fala do bracelete?
_sim!
_Por favor, Isabel fique com ele!
_Mas eu não posso aceita-lo!
_por quê? Uma irmã não pode aceitar o presente de um irmão?
_Irmão?
A voz de Isabel traíram seus sentimentos Álvaro beijou-lhe a mão, com ternura.
Isabel ficou com o bracelete e com o beijo!
...
_Peri promete que não vai deixa tua senhora!
_Peri quer te salvar!
_como?
_Tu saberás.
_são tantos Peri, quem te dar forças para lutar contra todos?
_Tu senhora, tu só.
_Vai Peri vai salvar-nos.
_o sol que nasce amanha será o ultimo para seus inimigos!
Isabel preocupada com seu amado pergunta:
_Álvaro... Vais enfrentar o inimigo no seu campo?
_assim é preciso Isabel!
_tenho um pedido a fazer.
_neste momento?
_Sim, quero uma lembrança sua pra guardar na alma!
_Eu te amo...
_vamos Peri, vamos voltar para casa.
_Não. Respondeu o índio!
_Tua senhora te chama! Assim tu não importas com o que Cecilia sente?
Peri estava dividido:
_Vamos...
E seguiram todos para casa.
Cecilia, ao ouvir a vos de seu pai estremeceu como se acordasse de um sonho. Atravessou a sala e se aproximou de Peri.
_Peri por que não fizeste o que a tua senhora te pediu?
_Peri queria salvar-te e a todos! Perdoa senhora?
_Agora vamos te perder e perder-nos para sempre. De que serviu tudo? Oh Peri, o que farei sem você meu amigo?
La de fora veio um grito...
_O Curare!
_Peri vai te deixar senhora!
_Não, não quero! Não me deixes Peri o que posso fazer sem meu defensor!
_tu queres que Peri viva?
_sim.
_Peri vivera!
Peri foi atrás de um veneno que poderia salva-los quando voltava viu uma terrível guerra ente os aimorés e os homens de Álvaro. E olhando de longe viu Álvaro ferido pegou sem ser visto e levou-o para casa a fim de ver se podia salvar seu companheiro!
Peri chegava a casa e entrava na sala
_Peri! Gritou Cecilia!
Depois Isabel encontra Álvaro morto:
_Álvaro! Não reconheces a tua Isabel? Diga mais uma vez que me ama?
Então Isabel morreu junto ao Álvaro depois de jo9gar um veneno no quarto os dois morreram juntos abraçados no chão!
Cecilia olhou para Peri com doçura:
_Não me falte, meu amigo...
_Peri volta dentro de uma hora!
_Estarás perto do campo do inimigo?
_Não Peri vai para o outro lado.
_volta.
Peri curvou a cabeça e se foi!
Cecilia sentada aos pés de seu pai recusava uma taça que ele lhe oferecia.
_bebe minha filha. Vai te fazer bem.
_Para que meu pai? Temos uma hora de vida. Não!
_Não eu tenho uma esperança!
Cecilia pegou a taça das mãos do pai e bebeu o conteúdo.
Os homens fieis a D. Antônio aproximaram-se dele. O fidalgo então anunciou:
_Esta chegando o momento,meus amigos temos uma hora de vida preparem-se para morrer...
Quando Peri aproximou-se de D. Antônio, apertou a mão do amigo.
_Escuta! Podemos salvar a senhora tudo este preparado parte desce o rio com a canoa que esta na margem. Chegaras a tribo de Peri lá a mãe de pera te dará cem guerreiras.
D. Antônio comovido apertou a mão de Peri.
_não Peri, não posso abandonar minha família!
_nem para salvar a senhora?
_Não posso o meu dever manda que eu fique. Se estivesse aqui ou meu filho, ou Álvaro ou...
D. Antônio olhou para Peri...
_Ou o que senhor?
_Se tu foste cristão Peri!
_Por que disseste isto?
_Se tu foste cristão eu te confiaria minha Cecilia: estou convencido que a levaria ao rio de janeiro a casa de minha irmã!
O rosto de Peri iluminou-se e Peri disse:
_Peri quer ser cristão!
D. Antônio batizou Peri e ele se tornou cristão.
_Sei que levaras minha filha a salvação!
_Peri jura levar a senhora a tua irmã!
Peri saiu com Cecilia nos braços e foram ate a canoa.
Foi quando a mansão explodiu.
Com o estrondo Cecilia despertou e disse:
_Mortos? Minha mãe, meu pai... todos mortos ?
E Cecilia pôs a chorar no ombro do amigo!
_Agora Peri vai te levar a casa da irmã de teu pai.
Mas Cecilia pediu a Peri que trouxesse algodão e uma pele bem bonita.
_Para que senhora?
_de algodão farei um vestido bem bonito e com a pele cobrirei meus pés. Cecilia ficara na floresta! Para sempre eu também sou filha dessa terra!